Aqui eu deixo para vocês um questionário com respostas sobre o capítulo dois do livro: Aprendizado ativo no Ensino de Botânica.
1.
Quem
introduziu o termo “cegueira botânica”, e quando?
A
cegueira botânica foi introduzida pelos estadunidenses James H. Wandersee e
Elisabeth E. Schssler no ano de 1998, na terceira Reunião de Associados do 15ᵒ
Laboratory (Lousiana State University) que é um laboratório de pesquisas de
cognição visual e desenvolvimento para o aperfeiçoamento do Ensino de Botânica
e Biologia.
2.
O
que é cegueira botânica?
Cegueira
botânica é definida como a incapacidade de notar as plantas em seu próprio ambiente.
A falta de reconhecer a importância das plantas para a vida dos seres humanos,
apreciar seus aspectos estéticos biologicamente únicos, e a falta de percepção
em relação à comparação equivocada entre plantas e animais, enxergando as plantas
como seres inferiores, pelo qual considerados como menos dignos de percepção e
valorização pela espécie humana.
3.
Quais
os principais sintomas da cegueira botânica? Você já conheceu alguém, ou já
apresentou você mesmo, esses sintomas? Exemplifique, se a resposta for
afirmativa.
Os
sintomas da cegueira botânica são
a.
Não perceber e prestar atenção às plantas no seu cotidiano.
b.
Pensar que as plantas são apenas cenário para a vida animal.
c.
Compreender de modo equivocado as necessidades vitais das plantas, em termos de
matéria e energia.
d. Negligenciar a importância das plantas nas
atividades cotidianas.
e.
Não perceber as diferenças de escala de tempo das atividades dos animais e das
plantas.
f. Não vivenciar experiências práticas de
cultivo, observação e identificação com plantas da sua região.
g.
Não saber explicar aspectos científicos básicos sobre as plantas de sua região,
como crescimento, nutrição, reprodução e características ecológicas.
h. Falta de consciência sobre o papel
fundamental das plantas para um ciclo biogeoquímico chave em nosso planeta: o
ciclo do carbono.
i.
Ser insensível a características estéticas das plantas e suas estruturas
únicas, especialmente em relação a adaptações, coevolução, cores, dispersão,
diversidade, hábitos de crescimento, odores, tamanhos, sons, espaço, força,
simetria, texturas e gostos.
Eu
particularmente já apresentei os sintomas da cegueira botânica em sua
totalidade, pois num tempo atrás nem mesmo prestava atenção para as plantas,
ignorando as suas maravilhosas formas e negligenciando a sua importância e tudo
o que nelas está presente. Essa falta de percepção, acredito eu, que foi a
causa da falta de abordagens sobre o tema botânica de forma ampla no transcurso
da minha escolaridade e do meu cotidiano.
4.
Quais
princípios de percepção visual humana podem explicar a cegueira botânica? Cite
os princípios, e comente aquele (s) que te chamou mais atenção.
Existem
5 princípios de percepção que explicariam a cegueira botânica:
1.Os humanos podem
reconhecer visualmente apenas aquilo que já conhecem. A desatenção pode se
tornar atenção quando um objeto ou evento ganha significado. Muitas vezes,
vemos o que esperamos ver, pois tal atividade não envolve apenas os olhos, mas
sim o sistema olho-cérebro
2.Se os membros de um
conjunto de objetos não são suficientemente distintos de seu entorno, eles se
misturam e nada é percebido conscientemente. Vê-los e percebê-los torna-se um
desafio de detecção visual maior se comparado ao que ocorre com objetos
dinâmicos e bem definidos, destacados de seu entorno. Ainda, humanos tendem a
ficar entediados e se acomodarem quando olham uma cena relativamente constante
por muito tempo.
3.A proximidade estática é
uma indicação visual que humanos usam para agrupar objetos em categorias
visuais
4.A visão humana opera
para minimizar o gasto energético. Estima-se que a cada segundo, os olhos geram
mais de 10 milhões de bits de dados para processamento visual, mas o cérebro
extrai apenas cerca de 40 bits e processa totalmente apenas os 16 bits que
alcançam nossa atenção consciente. Assim, elementos aos quais atribuímos um
nível de baixa prioridade podem ser descartados, tornando o processamento
visual mais fácil.
5.O cérebro usa padrões de
espaço, tempo e cor para estruturar a experiência visual. Sendo
fundamentalmente um detector de diferença, quando o cérebro não as detecta, o
campo perceptivo não é estimulado.
O
primeiro princípio é o que me chama mais a atenção, pois me identifico com ele
Ela menciona que o ser humano só enxerga aquilo que já conhece das plantas, e
ignora todo o demais. Se conhecêssemos as plantas de forma mais detalhada e em
sua ampla diversidade, o nosso olhar nelas seria mais atencioso e perceberíamos
assim, cada detalhe presente nelas.
5. Quais
são os fatores apontados no texto como causas da cegueira botânica?
Fator
cultural e falta de um ensino adequado
6.
Qual
é a relação entre a cegueira botânica e o ensino?
Essa
relação se dá pela forma de Ensino de botânica desestimulada e pouco
significativa nas escolas. Isso causa um analfabetismo sobre o tema, impedindo
assim o interesse e a aquisição de conhecimentos de forma ampla e detalhada
sobre o assunto.
7.
Qual
é o papel dos professores na mitigação da cegueira botânica?
No
artigo se menciona sobre a forma em que os professores são ensinados nas
universidades, comentando sobre que em maioria de vezes, o aprendizado é mais
teórico, sem estímulo de práticas que levem ao professor ter uma aproximação
mais significativa com as plantas. Essa aproximação é de grande relevância para
a formação do professor, de modo a fazer uma melhor organização dos assuntos a
serem abordados, fazendo união de teoria e prática. Dessa forma o professor
pode contribuir de forma significativa para a mitigação da cegueira botânica.
8.Quais são as principais críticas
apontadas no texto para a utilização do termo cegueira botânica? Comente as
principais apontadas pelo texto.
As principais
críticas feitas foi em relação ao termo “Blindness” (cegueira), que pode
contribuir para o capacitismo de deficiências visuais, equiparando a
deficiência visual a traços negativos.
Outra das críticas feitas
foi em relação ao termo que a autora Parsley propôs para substituição do termo
“cegueira”. Ao invés de cegueira, a pesquisadora propôs o uso do termo
“Disparity”
(Disparidade), tal termo remete automaticamente a comparação entre animais e
plantas, o qual está se tentando evitar para a mitigação da cegueira botânica.
9.Segundo
o texto, quais dimensões devem ser consideradas para a promoção do Ensino de
Botânica a serviço da Educação Científica? Comente cada um deles.
São cinco as dimensões consideradas para a
promoção do ensino de botânica.
• Ambiental
—
motivando a análise do impacto da atividade humana no meio ambiente e a busca
de soluções para os problemas decorrentes.
Esta dimensão é uma
das mais importantes desde meu ponto de vista, visto que os problemas
ambientais vem se ampliando cada vez mais e a ameaça as plantas é o principal
problema, com isso ficao em risco as demais espécies do planeta.
• Filosófica, cultural e histórica —
levando à compreensão do papel da ciência na evolução da humanidade e sua
relação com religião, economia, tecnologia, entre outros.
Esta dimensão é de
grande relevância também, pois fazer uma comparação entre ciência e evolução
para entendermos a importância da ciência para o desenvolvimento humano.
• Ética — estimulando a análise e
argumentação sobre assuntos polêmicos vinculados às questões científicas que
são divulgados pelos meios de comunicação em massa, como aborto, eutanásia,
biodiversidade e relações internacionais, propriedade de descobertas
científicas, entre outros.
•
Médica — auxiliando a compreensão de conceitos biológicos básicos que estão
estreitamente relacionados a prevenção e cura de doenças.
• Estética — promovendo a percepção do
ambiente e sua biodiversidade pautando-se na integração entre
razão-imaginação-sentimentos-emoções, resultando em valores e atitudes potencialmente
transformadores do cotidiano.
10.Segundo
o artigo, quais abordagens de ensino-aprendizagem podem ser utilizadas para
aprimorar o ensino de botânica e mitigar a cegueira botânica? Comente cada uma
das abordagens mencionadas no texto.
São enfatizados as seguintes abordagens para
o processo de ensino-aprendizagem:
Ensino por investigação, onde os alunos
tenham a oportunidade de trabalhos com pesquisas, utilizando evidencias e tendo
maior aproximação do assunto estudado.
Ensino Híbrido, relacionar possibilidades
pedagógicas virtuais com as presencias para fazer um maior aproveitamento
deles.
Aprendizagem ativo, ensinar o conteúdo de
forma contextualizada, tornando o aluno o protagonista principal da construção
do seu conhecimento.
Abordagens CTSA, sigla para ciências,
tecnologia e ambiente, objetivando a aproximação dos estudantes à problemas
socioambientais de forma integral, fomentando assim a participação do alunado
na busca da mitigação de tais problemas.
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